Esta exposição é realizada como trabalho de conclusão do docente Charles Morais para a disciplina de História, Recepção e Sensibilidade do curso de Mestrado em Comunicação/PPGCOM da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, sob orientação de Scheilla Franca e Chico Alves
Produção:
Apoio Institucional:
Pequeno Elfo:
a monstruosidade na ilustração de corpas trans
Charles Morais de Souza
Mestrado em Comunicação, Mídia e Formatos Narrativos/PPGCOM
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
O QUE O OUTRO VÊ
Qualquer corpo que foge de uma categoria cis e/ou hetero é julgado e exposto a uma CIStematização. Mesmo que na última década tem-se aumentado o número de pesquisadores não-cis, existe ainda uma dificuldade em aceitar as narrativas e conclusões expostas. Como citei em minha pesquisa “Influenciadores Digitais: o impacto na comunidade LGBTIA+”:
…se queremos humanizar corpos LGBTIA+, precisamos antes ouvi-los, para que possamos não categorizá-los como sendo um Outro, sabendo que o padrão é normalizado sem categorias. (SOUZA, 2022)
O Outro começa a ter destaque nas narrativas, quando pesquisadores começam a questionar a noção de poder e de normatização de corpas, estudando e entendendo os fundamentos de se colocar à margem, tudo aquilo que viria a ser uma ameaça do “normal”. Sendo o “normal” entendido aqui como a cis-heterosexualidade, que foi naturalizada como a única forma possível de identidade e expressão de sentimentos e afetos, excluindo e marginalizando todos os outros corpos que fogem dessa “normalidade”. Essa normatização tem uma relação com a moral, religião e a lei:
...reflete relações de poder e valores dominantes de uma sociedade que é cis-heteronormativa, ou seja, assimila como norma social a cisgeneridade e a heterossexualidade, determinando quem serão sujeitos inteligíveis, dignos de direitos; e os abjetos, de quem é retirada a possibilidade de se alcançar direitos sociais que positivam a dignidade da pessoa humana. (MELLO, 2018, p. 4)
Nessa pesquisa e análise realizada por uma pessoa não-cis e não hetera, das representações de corpas não-cis, trataremos como Outro, no título desse capítulo, como sendo corpas cis e heteras, por falar daqueles que se afastam das nossas vivências e nos enquadram, esteriotipizam e enxergam em categorias queers, aqui classificada como vivências transviadas. Como coloca Berenice Bento (2015), que “se eu falo transviado, viado, sapatão, traveco, bicha, boiola, eu consigo fazer que meu discurso tenha algum nível de inteligibilidade local”, levando em conta que “no contexto norte-americano, o objetivo foi dar um truque na injúria, transformando a palavra queer (bicha) em algo positivo, em um lugar de identificações”, porém, “qual a potência do queer na sociedade brasileira? Nenhuma”, e também reiterando o que Preciado discute, excessivamente, sob a ideia de rebeliões da individuação em aversão aos sujeitos coletivos, reiterando o sujeito-indivíduo.
Os monstros ocupam um papel de destaque na cultura pop. No entanto, sua representação midiática pode afetar a percepção da sociedade em relação ao que é considerado monstruoso e contribuir para a reprodução de estereótipos e preconceitos. A mídia pode transformar eventos reais em monstruosidades, aumentando o impacto emocional que esses eventos têm na sociedade. No entanto, a representação de personagens considerados monstruosos pode servir como uma forma de subversão e resistência, questionando as normas de beleza e de comportamento estabelecidas pela sociedade. Mas, também pode influenciar a percepção da sociedade em relação a indivíduos considerados "diferentes", reforçando a ideia de inferioridade, colocando-nos à margem.
Existem fronteiras entre o que é real e o que é ficcional, que podem se confundir, gerando consequências tanto positivas quanto negativas. Levando a uma desumanização dos indivíduos que são representados como monstros, pela influência na imagem que criamos daquilo que nos cerca. Houve uma evolução na forma como a mídia aborda a questão da identidade de gênero e da sexualidade, incluindo a representação de personagens transgêneros, mas, entendendo que a representação da corpa trans sempre esteve presente na cultura popular, muitas vezes, de forma estereotipada e preconceituosa.
As representações passam a ser problemáticas quando se tornam únicas e transformam a imagem social de uma causa e comunidade em uma figura trágica e patética. Para além de representação, estamos falando de inclusão, pois, não adianta representar uma imagem sem ao menos pesquisar ou entender a realidade, fazer ficção e insistir na mesma tecla sempre, estigmatizando corpas e criando histórias únicas para povos. A mídia tem um papel significativo na formação de atitudes e percepções sociais, e é fundamental que as representações sejam feitas com sensibilidade, respeito e, no mínimo, em consulta com as pessoas que vivenciam as identidades representadas, até porque:
As histórias importam. Muitas histórias importam. As histórias foram usadas para espoliar e caluniar, mas também podem ser usadas para empoderar e humanizar. Elas podem despedaçar a dignidade de um povo, mas também podem reparar essa dignidade despedaçada. (ADCHIE, 2019, p. 32)
No filme "O Silêncio dos Inocentes" (1991), o personagem de Buffalo Bill é um assassino em série que é retratado como transgênero de forma negativa e associado a comportamentos violentos. Em "Psycho" (1960), embora não seja um personagem transgênero, o vilão Norman Bates é frequentemente associado a representações distorcidas e patologizantes de identidades de gênero fluidas, contribuindo para a ideia de que pessoas trans são psicóticas ou perigosas. Em "Vestida para Matar" (1980), o personagem principal é um assassino que se transveste para cometer seus crimes, reforçando o estereótipo perigoso de que pessoas trans são predadoras sexuais ou criminosas. Em "Traídos pelo Desejo" (1992), a revelação do status transgênero de um dos personagens é usada como um plot twist e causa uma reação de choque e repulsa, reforçando a ideia de que a identidade trans é algo enganoso ou repugnante.
As representações acima descritas não seriam um problema se essa não fosse a única associação das identidades trangêneros com a subversão das existências e finais felizes, quando nas narrativas de personagens cisgêneros temos o vilão, mas também temos a “mocinha”. Todo esse cistema pressupõe, antes, que todos devem ser cisgêneros e heterosexuais para uma vida “normal”, e, como definiu Preciado (2019), esses corpos serão portadores de um biopênis ou uma biovagina. Nega-se, assim, o direito das pessoas normalizarem os corpos que fogem desse cistema.
Os estudos da monstruosidade trans são uma forma de analisar as subjetividades e os discursos que desafiam as normas de gênero e sexualidade e que são frequentemente marginalizados, patologizados ou criminalizados pela sociedade. Um dos conceitos centrais dos estudos da monstruosidade trans é o de abjeto, que se refere àquilo que é expulso, rejeitado ou invisibilizado pelo corpo social, mas que ao mesmo tempo o constitui e o ameaça. O abjeto é o que escapa às categorias e às identidades fixas, o que provoca repulsa e fascínio, o que subverte a ordem simbólica e a lógica binária. As pessoas trans são frequentemente vistas como abjetas, pois desafiam as normas de gênero e sexualidade impostas pela cultura dominante. Segundo Butler (2010, p. 191), o abjeto é “aquilo que foi expelido pelo corpo, descartado como excremento, tornado literalmente ‘Outro’”.
Questões de patologização, despatologização e segurança social das pessoas trans envolvem os discursos médicos, jurídicos e políticos que tentam regular, controlar ou excluir as pessoas trans por meio de diagnósticos, leis ou violências. Nesse sentido, Leite Junior (2012) afirma que “o discurso da monstruosidade, com toda sua imprecisão conceitual, parece ser um dos elementos organizadores desta discussão” (p. 559). Ressignificando nossas existências e quebrando a porta do armário, estamos adentrando aos espaços para contarmos nossas próprias histórias e fazer novas versões daquela visão que já nos criaram.
E O QUE EM MIM HABITA
Falar sobre nossas representações e nossas identidades, com propriedade das nossas vivências, para que possamos falar de nós mesmas. Segundo Halberstam (2011), o monstro é uma figura que escapa das categorias binárias de gênero e sexualidade, e a arte pode ser uma forma de explorar e subverter essas categorias. A representação artística de monstruosidade trans pode ser vista como uma forma de resistência à normatividade de gênero e sexualidade, abrindo espaço para novas possibilidades de identificação e expressão.
Para Dewey (2010), a arte é uma forma de experiência que se realiza na relação entre o artista, a obra e o público. A obra de arte não é um objeto isolado, mas um processo que envolve a expressão do artista, a forma material que ele escolhe e a recepção do público, logo, uma forma de comunicação que transmite um significado que pode ser compartilhado e compreendido por outros.
Como afirma Preciado (2019), a arte é uma forma de escapar do controle normativo do corpo e da sexualidade, e a representação de monstruosidade trans é uma forma de desafiar essas normas. Para Preciado, a arte oferece um espaço de liberdade e possibilidade de expressão que vai além das restrições impostas pelo poder normativo. Através da representação de corpos e identidades transgressoras, a arte pode questionar e subverter as normas de gênero e sexualidade, criando novas formas de ser e existir.
…os monstros podem oferecer críticas contundentes à normatividade e uma alternativa queer, ou podem encapsular fobicamente os medos da cultura em corpos queer, racializados e femininos. (HALBERSTAM, 2011, p. 181, tradução livre)
A partir desses estudos, nos basta agora acessar esses espaços, contar nossas histórias, recriando no imaginário social outras formas de existências, que não sejam únicas e negativas. Queremos nos ver monstras e negativas em artes, mas essa não deve ser a única representação que cria a visão de existência como unidade. Precisamos, antes de tudo, pensar em corpas como pluralidade, corpas individuais que transitam em diferentes espaços, culturas e tempos.
Alguns termos têm sido ressignificados pela comunidade transviada, como citado no capítulo anterior o termo “queer”, mas não somente, tem-se também "bicha", "mona", "sapatão", "transviado" e outros. Essa ressignificação tem como objetivo principal a criação de novas formas de linguagem que reflitam a diversidade e complexidade das identidades LGBTQIAPN+, bem como a afirmação de identidade e resistência contra a opressão e o preconceito.
A ressignificação de termos, imagens e expressões desempenha um papel fundamental nas vivências transviadas, promovendo a aceitação, a inclusão e a valorização da diversidade. Ao longo dos anos, temos nos apropriado de termos e expressões antes utilizados de maneira pejorativa, transformando-os em símbolos de orgulho e empoderamento. Além disso, a ressignificação de imagens desempenha um papel crucial na representação positiva. Conforme argumenta Grosz (1994), o corpo é um produto cultural e social, e a arte pode ser uma forma de explorar e questionar essas construções.
A ressignificação da monstruosidade trans como imagem de poder, através da transformação da imagem tradicionalmente associada à monstruosidade e desumanização das pessoas trans, a comunidade LGBTQIAPN+ tem construído novas formas de representação que afirmam sua identidade e resistência contra a opressão. Um exemplo importante pode ser visto na obra da artista visual brasileira Laerte Coutinho. Em suas ilustrações, Laerte retrata corpos trans em formas híbridas e fantasiosas, explorando o potencial transgressor da monstruosidade como forma de afirmar a beleza e diversidade das identidades de gênero.
Outro exemplo importante pode ser encontrado na música pop, onde artistas como Lady Gaga e RuPaul utilizam elementos de monstruosidade e fantasia em suas apresentações para afirmar a identidade trans e desafiar os padrões estéticos tradicionais. Através da ressignificação da monstruosidade como uma imagem de poder, esses artistas criam um espaço de visibilidade e empoderamento para vivências transviadas.
A autorepresentação monstruosa por artistas trans é uma forma de expressão artística que utiliza elementos do horror, do grotesco e do fantástico para questionar as normas de gênero e sexualidade e afirmar suas identidades dissidentes. Esses artistas se apropriam da figura do monstro como uma metáfora de suas experiências de marginalização, violência e resistência, mas também como uma potência de transformação, criatividade e liberdade. Agrippina R. Manhattan, artista visual travesti que participou de exposições nacionais e internacionais, explora temas como a colonialidade do gênero, a violência transfóbica e a despatologização das identidades trans. Em uma entrevista para a Casa Vogue, ela afirma: “Meu trabalho é parte de uma profunda preocupação sobre tudo aquilo que restringe a liberdade. A palavra, a norma, a hierarquia, o pensamento e mesmo partes de mim” (BELÉM, 2020).
Essa autorepresentação pode ser entendida como uma forma de arte que busca expressar e comunicar as vivências, os sentimentos e as identidades desses sujeitos que são frequentemente excluídos, estigmatizados ou violentados pela sociedade cisnormativa. Essa forma de arte se baseia na experiência estética, que para Dewey (2010) é uma interação consciente entre o indivíduo e o mundo, que envolve emoção, imaginação e percepção. Vitorelo, quadrinista trans não-binário que aborda questões como a transfobia estrutural, o ativismo trans e a diversidade corporal em suas histórias em quadrinhos. Em seu site, Mina de HQ, conversa com outros artistas trans sobre suas produções e vivências. Em uma das entrevistas, ele diz: “A monstruosidade é um lugar muito potente para se pensar gênero e sexualidade, porque ela nos permite sair da lógica binária e normativa que nos foi imposta” (VITORELO, 2022).
Por muito tempo, a mídia retratou estereótipos negativos e prejudiciais, perpetuando preconceitos e discriminação. No entanto, tem-se buscado ressignificar essas imagens, apresentando narrativas mais autênticas e diversas. Por meio de campanhas, filmes, séries e obras de arte, as imagens estão sendo recontextualizadas, retratando relacionamentos amorosos, famílias não tradicionais e histórias de superação.
SAÚDA O QUE HABITA EM VOCÊ
Durante o percurso dentro da Academia, somos frequentemente moldados de acordo com padrões de escrita, formatação e pesquisa. No entanto, recentemente, surgiu uma oportunidade para explorar caminhos mais livres de construção. Considerando que além de pesquisadore, também me identifico como artista, decidi convidar outro artista para estabelecer um diálogo por meio da criação de arte baseada em vivências e experiências.e explorar e subverter essas categorias. A representação artística de monstruosidade trans pode ser vista como uma forma de resistência à normatividade de gênero e sexualidade, abrindo espaço para novas possibilidades de identificação e expressão.
Foi então que conheci Stavo, um ilustrador trans que utiliza imagens monstruosas para expressar seus sentimentos e desenvolver uma personalidade baseada em seus gostos pessoais por filmes de horror, explorando e desafiando convenções estabelecidas da relação do trans com imagens monstruosas. Os artistas trans que se utilizam da autorepresentação monstruosa buscam criar obras de arte que desafiem as normas de gênero e sexualidade e possam afirmar suas existências como válidas e possíveis. Eles se alinham ao não/humano para questionar os padrões de humanidade impostos pela cultura dominante.
Eu sou Frankenstein tentando encontrar alguém que o ame andando com uma flor na mão, enquanto todos que passam fogem dele. Eu sou o leitor cujo corpo se torna um livro. Eu sou o adolescente que beija uma garota atrás da porta da igreja. [...] Eu sou a pessoa que se recusa a se identificar como mulher e toma pequenas doses de testosterona todos os dias. [...] Mas eu gostaria de evitar o conto heroico da minha transição. Não havia nada de heroico nisso. Eu não sou o lobisomem e não tenho a imortalidade de um vampiro. A única coisa que foi heroica foi o desejo de viver, a força com que o desejo de mudança se manifestou e se manifesta ainda hoje através de mim. (PRECIADO, 2022, p. 300)
A partir disso, mergulhamos em um processo de diálogo e construção conjunta de criação e produção de uma exposição online, relacionando a pesquisa da monstruosidade na relação com a imagem trans. Em conjunto, gravamos um documentário sobre Stavo, ilustrador e seu processo criativo.
O resultado é uma fusão de estilos, técnicas e narrativas, expondo as criações dele em conjunto com minhas pesquisas, gerando uma identificação e dias de diálogos trocando experiências na beleza e questionamentos encontrados no incomum, convidando também ao observador a questionar definições tradicionais e a explorar novas possibilidades de interpretação do assustador. Permitindo que nossas criações se tornem uma forma de resistência e afirmação de nossas identidades que desafiam os padrões estéticos e culturais dominantes. Conforme argumenta Mitchell (1994), a representação visual é um processo complexo que envolve não apenas a imagem em si, mas também o contexto cultural e social em que ela é produzida e consumida.
Stavo assina artisticamente como Pequeno Elfo, ressignificando suas inseguranças em um artista que também explora as inseguranças nas ilustrações, uma forma que como ele mesmo coloca: “Sou uma pessoa que gosta de desenhar e comecei a desenhar muito cedo para poder fugir de meus próprios pensamentos ruins. Eu quis retratar os meus sentimentos através do terror em meus desenhos.”. Utilizando da arte para lidar com seus processos pessoais. “A minha arte vai continuar assim até o dia que eu queira que ela mude. Até o momento, eles vão permanecer assim.”. Conforme argumenta Dewey (1934), a arte é uma forma de comunicação que se dá por meio da experiência estética, que envolve tanto o artista quanto o espectador.
Portanto, observo nas ilustrações de Stavo um espelhamento das suas crises sentimentais, mas um acalanto na imagem de monstruosidade, em um processo de aceitação de uma imagem dissidente, que extrapola os limites pré-configurados e que agora chuta a porta do armário para sair do enclausuramento. Ressignificando as imagens construídas, mesmo que as palavras e olhares possam nos ferir, então, se é dessa forma que o outro me vê por ser quem sou, utilizando de minha identidade como justificativa para a violência, tiremos a arma de suas mãos e, assim serei: aprendi a ser monstro, para não ter que ser o que o outro quer que eu seja.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BELÉM, Rafael. 8 artistas trans e travestis que você precisa conhecer. Casa Vogue, São Paulo, 19 jun. 2020. Disponível em: https://casavogue.globo.com/lazer-e-cultura/arte/noticia/2020/06/8-artistas-trans-e-travestis-que-voce-precisa-conhecer.ghtml. Acesso em: 30 out. 2022.
BENTO, Berenice. Transviad@s: gênero, sexualidade e direitos humanos. Salvador: EDUFBA, 2017.
BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. p. 151-172.
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HALBERSTAM, Jack. The Queer Art of Failure. Durham: Duke University Press, 2011.
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MELLO, Germana Maria Guinle de. CIDADE ARMÁRIO: O APAGAMENTO E O NÃO-LUGAR COMO EXPRESSÕES DE UM DIREITO CIS-HETERONORMATIVO. Orientador: Thula Rafaela de Oliveira Pires. 2018. 97 p. TCC (Bacharel em Direito) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), [S. l.], 2018. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/37933/37933.PDF. Acesso em: 17 out. 2021.
MITCHELL, W. J. T. Picture Theory: Essays on Verbal and Visual Representation. Chicago: The University of Chicago Press, 1994.
PRECIADO, Paul. Eu sou o monstro que vos fala. Cadernos PET Filosofia, Curitiba, v.22, n.1, 2021 (2022), pp. 278-331. Tradução de Sara Wagner York. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/petfilo.v22i1.88248. Acesso em: 19 abr. 2023.
PRECIADO, Paul B. Um apartamento em Urano: Crônicas da travessia. [S. l.]: SCHWARCZ S.A., 2019. p. 16. ISBN 978-85-5451-777-9.
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VITORELO. A monstruosa potência de ser trans. Mina de HQ - Histórias em Quadrinhos Feministas e Queer por Vitorelo e Convidades, São Paulo, 9 fev. 2022. Disponível em: https://minadehq.com.br/os-quadrinhos-de-lino-arruda-potencia-de-ser-trans/. Acesso em: 30 out. 2022.